sábado, 7 de março de 2009

As mulheres

As 06h da manhã pulam da cama.
As 07h sem ter tempo de pentear o cabelo, sem ter tempo de trocar o pijama, já vêem o leite derramando no fogão.
As 08h pegam o telefone já atrasada para o serviço e verifica o porquê que a baba está atrasada.
As 9h, já estão no trabalho, toda perfumada, escutando as lamentações do chefe, e ligando para ver se está tudo bem em casa.
As 10h vêem que a manhã está se passando e o serviço acumulando.
As 11h lembram que no final de semana, se tiver tempo tem que ir a manicure fazer as unhas.
As 12h estão em casa, lutando com o filho para por o uniforme e ver a tarefa de casa.
A 1h da tarde está com o filho no portão da escola.
As 2h escutam as fofocas da amiga, e enfim um ensaio de sorriso aparece.
As 3h ficamos contentes, quando enfim um trabalho seu é reconhecido.
As 4h vêem que o reconhecimento não diminui em nada a carga em que carrega.
As 5h ligam para o marido e pede para que busque o filho na escola, pois vai se atrasar.
As 6h chegam a casa, vê que os pés doem que o corpo já não agüenta tanto, e que tem mais uma jornada pela frente.
As 7h verificam a tarefa escolar, senta a mesa com o filho para realizá-la, e da atenção ao desabafo do marido, que teve um dia cheio de mais.
As 8h levam um susto ao ver que a janta quase queimou.
As 9h preparam o filho para dormir.
As 10h arrumam à cozinha, lava a louça, coloca a roupa na maquina...
As 11h sentem o aconchego do abraço do marido, e que vencida pelo cansaço, acolhe os carinhos sinceros.
As 12h percebem que o dia está acabando.
A 1h ora em silêncio, por todos os seus entes queridos, rola uma lagrima pelo rosto, e adormece em paz...
...
As 6h, o dia começa....



A todas as aquelas que se assemelham a isso, ou conhecem alguém...
A todas aquelas que acordam de madrugada, para ter proventos para alimentar seus filhos...
A todas aquelas que rezam de joelhos por seus queridos...
A todas aquelas que choram pelo olhar...
A todas aquelas que vendem o seu bem mais precioso...
A todas aquelas que se destituem dos filhos para não os ver sofrendo...
A todas aquelas que ficam horas e horas na fila de uma cadeia...
Que ficam na fila do hospital, que ficam na fila do banco para retirar o bolsa família...
A todas aquelas que carregam o fardo nas costas...
A todas aquelas que se assemelham a doçura de um anjo...
A todas aquelas que não participam do Big Brother, mas são consideradas guerreiras...
A todas aquelas que não são consideradas belas pelos padrões atuais de beleza, mas mesmo assim são felizes...
A todas aquelas que se doam em favor do próximo...
A todas aquelas que ganham o mundo com um sorriso...
A todas aquelas que são injustiçadas, pelas próprias famílias, das quais não reconhecem o seu valor...

Podem ser Ana, Maria, Joaquina, podem ser MULHERES...No sentido literal da palavra...
Amanhã é o NOSSO DIA! PARABÉNS A TODAS NÓS!

terça-feira, 3 de março de 2009

Às vezes se torna difícil:

-Sabe quem rasgou a capa do caderno?

-Sei sim, (aquele em que a vida dura, e que num corpo franzino não tem mais expectativa).

-Sabe quem comeu a ponta do lápis?

-Sei sim, (aquele em que não encontramos mais valores familiares).

-Sabe aquele que usou de palavras duras e ofensivas com os colegas?

-Sei sim, (aquele em que nunca teve fé, aquele em que nunca encontrou um aconchego da mãe ou forte abraço do pai).

-Sabe aquele que ainda não aprendeu a segurar no lápis?

-Sei sim (aquele que as mãos calejadas e com “vários corpos estranhos”, não os deixam segurar).

-Sabe aquele em que não tem nenhuma criatividade?

-Sei sim, (aquele que não tem uma cama aconchegante para sonhar)

-Sabe aquele que a tarefa de casa nunca é feita?

-Sei sim (aquele em que não tem nenhum prato de comida, ou melhor aquele em que a casa quase não existe).

-Sabe aquele, aquele e aquele...

É... Às vezes se torna difícil...

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