quarta-feira, 27 de julho de 2011

Férias


É um prazer não ter dever para cumprir,
Horário a estabelecer,
Ter um ou mais livros para ler...
Não o fazer...
Ou o fazer...
Almoço com paciência.
Gula com parcimônia.
O sol a dourar a pele...
Dormir ou não...
 Mas um dia acaba...

domingo, 24 de julho de 2011

Marcas

O tempo, palavras proferidas, palavras ouvidas, são por vezes duras e implacáveis...difíceis de digeri-las... difíceis de esgotar na mente as reviravoltas que as fazem refletir...Eles juntos fazem os mais belos do mundo cair aos seus pés e percebemos que o que era mais sólido, é um monte de cascalhos rolando, sem imaginarmos o seu fim...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Cartas

Entre email, msn, orkut, face book, e vários outros meios de comunicação moderna...hoje ao ligar o computador e ver a caixa de entrada, olho para o lado e vejo uma carta sobre a mesa do computador. Ainda recebo cartas, do outro lado do mundo, e não eram propagandas, encomendas da internet não, era carta de amiga... tá confesso era impressa do computador, mas as palavras atrás da foto eram a caneta... Ainda persistem os velhos modos de comunicação. 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Meninos





Numa dança de menino que o sol ensaiou.
Sonham com a nova travessura.
Furam a chuteira nova. Sujam a roupa no varal. Quebram a vidraça. Se lambuzam com o creme, tomam banho de sorvete, comem macarrão com as mãos, fazem biquinhos para as uvas, fazem caretas para remédios, correm para o nada e alcançam o tudo.
Extravasam-se em risadas altas e sonoras, assistem dez vezes ao filme, contam histórias intermináveis...
Meninos travessos e arredios...
Se queres ser feliz não deixe de ser menino...
Antes do menino homem chegar...

domingo, 10 de julho de 2011

Será que o chicote já foi pendurado?


Reflita comigo. Nós brasileiros esquecemos muito rápido os fatos que ocorrem, é só a mídia jogar uma enxurrada de novas informações que esquecemos rapidamente até o que comemos no café da manhã.
Seguindo essa linha de raciocínio a não muito tempo atrás o Brasil se libertava das amarras da escravidão, basta lembrar que foi um dos últimos e que temos a ciência de que essa “libertação” se deu mais pela nova estrutura do capital do que por direitos humanos.
Daí então nunca mais, falamos em escravidão. Porque temos a concepção de que escravos são os que vieram a tempos atrás para trabalhar, e dormiam em senzalas, mas que trouxeram variedades de danças, cantos, comidas, que ajudaram a construir a nossa cultura, e que apesar de tudo suas vestes eram bonitas, sorriam, serviam com alegria os seus senhores, assim como nos ensinaram na escola e como mostra os livros didáticos. Estavam fadados a serem escravos, como se realmente nascessem para isso, quando mostra a dor e o sofrimento era uma ou outra figura (me lembro até hoje de reproduzir em uma folha de cartolina um homem escravo amarrado ao pau de sebo, e sendo açoitado por outro... recebi um parabéns da professora, fiquei feliz, mas ainda não entendia nada o que estava por trás desta figura... quanta ignorância)
Mas será que os chicotes foram realmente pendurados ou ainda estão aí, açoitando cidadãos? Em plena “chamada era da modernidade”, em pleno século XXI?
Como é possível, termos vergonha do país onde residimos, ter usado o trabalho escravo e o que é pior o tráfico de pessoas?
Lembraremos então daqueles trabalhadores, que assim que pegam no seu instrumento de trabalho, já estão devendo para os detentores das terras, uma dívida impagável, que os aflige, fazem de seus olhos brotarem lágrimas de dor, mas tendo que sustentar seus filhos trabalha 12 ou 13 horas por dia. Lembraremos dos filhos, que antes de pegarem num lápis, já estão nas minas de carvão, quebrando pedras, colhendo laranjas, entre outros serviços brutais que decepam suas infância e muitas vezes as suas vidas.
Por que então não acaba, cabe a nós, perguntar aos grandes latifundiários, aos grandes detentores de terra por que não? Mas temos a resposta, porque sem “eles”, os escravos, quais serão as bases de suas riquezas?
É possível, que com a nossa memória curta, não nos demos conta de que a escravidão cresce a passos largos bem debaixo de nossos narizes, e o quanto é crime e doloroso para suas vítimas, algo indolor para nós. A escravidão é, infelizmente, uma característica principal do Brasil.  

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