domingo, 27 de fevereiro de 2011

que cantem as crianças


Para cantar crianças, levantar a sua voz,
Faça o mundo ouvir;
Para unir as suas vozes e chegar ao sol;
Aí está a verdade.
Sing que as crianças que vivem em paz
E aqueles que sofrem dores;
Então cantar para aqueles que não podem cantar
Eles têm desligada suas vozes ...
"Eu cantava, a fim de que eu parar de viver."
"Eu cantava para mamãe sorriso".
"Eu cantava que é o céu azul".
"Eu não para mim mar sujo".
"Eu cantava para aqueles que não têm pão".
"Eu cantava a respeitar a flor".
"Eu canto para o mundo, para ser feliz.
"Não ouvi a música para canhão".
Repita parte ...!!!!!!
"Eu cantava que é verde jardim".
"Eu e não me para desligar o sol".
"Eu cantava para que não escrever".
"Eu escrevi sobre os versos de amor".
"Eu cantava para ouvir a minha voz."
"E eu, para ver se eles pensam eu faço".
"Eu quero cantar porque um feliz mundo".
"E vou ouvir, se alguém quer - me".
Repita parte para o final.
Fuente: musica.com
Letra añadida por luisana1








Dispensa mais palavras, as imagens dizem tudo!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

dor




Consegue-se aqui localizar a dor esmagadora? Não lhe toldo a razão de não conseguir tal êxito. Não havemos de dimensionar o tamanho do sofrimento dos que ali, debaixo estão.

Acredito que para os que lá estão, é um pesadelo interminável...

Faz-me agora lembrar, de uma das intermináveis noticias que naquele dia, adentravam a nossa sala. Não recordo no momento datas, horários e nem nomes, mas era mais ou menos assim:


“Um homem acabava de chegar à rodoviária, quando abordado por um dos bravos bombeiros que lá estavam e comunicado de que seria levado há um lugar seguro, não se permitiu tal situação, e por um ato de coragem resolveu com o bombeiro seguir. Ajudando os que mais necessitavam, passou dias. Quando por fim teve noticia da família, descobriu que depois de tantas vidas que ajudará a socorrer, sua mulher e seu pequeno filho, haviam perdido a vida, ceifada debaixo da terra.
Naquele momento não permitiu que a dor avassalasse seu coração, pois ainda havia mais pessoas a pedirem por socorro. Até que quando localizou a sua moradia, ou o que restava dela, pisou os escombros e com um pedaço de pau, ele revirava os montes e de lá achou os pedaços de um ultimo urso de pelúcia que restou, o brinquedo que seu filho de três anos nunca se separava.
Nada poderia descrever nesse momento a dor estampada no rosto do pai, ao juntar da casa e da família ali perdida, os últimos pedaços. Esse então grudou firmemente aquele pequeno pano e ali desabou a chorar...”


Fazem-nos pensar, em quão relativas às dores que no dia a dia nos assolam, comparada com os pais que a tanto sofrem? Não nos poderíamos deixar que tal dor como esta, seja classificada de diminutiva.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

novamente

Chegou um dia um menino, com os dentes amarelos, sorridente, e querendo ser espertalhão.
-Menino, o que queres?
-Quero um pouco mais de paz..
-Menino para que?
-Para dar a essa vida um pouco mais! _Fala bravamente o menino, com o punho cerrado batendo sobre o peito. Como se fosse o super-heroi de histórias em quadrinhos.
-Para dar a essa vida um pouco mais?_Pergunta o afortunado adulto.
-Quero um pouco mais de justiça. Para não haver mais crimes sem punições.
 Quero mais mesas fartas, para aqueles, à quem a barriga, vive em constante sussuro.
Tenho a consciencia de que, alguns se agradam com a idéia, mas não quero mais dormir, a luz das estrelas.
Sou um menino, que dorme, junto com o mundo!_disse ele com veemencia_ Pois durmo agasalhado a sua imagem! Mesmo quando “ele” não é suficiente para me aquecer!
Não quero mais incomodar pessoas, pois quando elas passam por mim, tem que desviar o olhar, para quem sabe o seu coração não doer, e elas não sentirem um nó na garganta...
-Não são palavras muito duras, para um pequeno menino?_interrompeu o adulto.
-Não são não senhor! São apenas palavras, de quem um dia quer ser um super-herói!
Com isso o menino se afastou, e o adulto ficou a observar.
Observar que a roupa daquele menino, com tão pouca idade, que queria ser um super –herói, não passava de pequenos farrapos...que o esconderijo dele, era a rua... que ele dorme junto com o mundo, pois suas cobertas eram jornais, já amarelados, que adquiriu numa aposta...que a mesa farta só existia em seus sonhos...
-E o menino?
O menino continua a proteger os que lá estão...irmãos de solidão...
O menino acabou de dar uma lição, mesmo vivendo a sombra da humanidade, não quer ser o vilão...Quer ser um super-herói, para agradar os que lá estão...


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

MÃE

No reflexo do espelho ela sempre vê algo novo, um pé de galinha, que reza para ser um ovo.
Não perde a sensibilidade, mas não a deixa transparecer, guarda para si as rugas, e as esconde debaixo das “massas corridas”, nem que paguem igual a um crediário interminável os produtos que as ceifam.

Veste-se igual a uma donzela, garanto que se tivesse vivido há séculos atrás, usaria espartilhos e teria damas de honra, perderia os seus pensamentos em lençóis de sedas. Tão grande é a sua ternura e beleza que espanta as mais jovens. Agora aprendeu também a falar sobre moda, virou consultora, nem que seus alvos são suas próprias crias.

É incansável de causar inveja.

Fere-se e solta lagrimas de dor, mesmo que seja sobre criticas inúteis de pessoas vazias, de que nada tem a acrescentar.

Mas é alegre, feliz.

Um sol a brilhar.

O destino quis que eu esbarrasse nela, dou Graças a Deus por isso!...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Espetáculos de marionetes

Do lado esquerdo do palco, ele. Para mais uma noite, mais uma noticia. Estudo, conhecimentos, influencia, poliglota. Vive num mundo cor – de – rosa, (talvez se de conta de algumas cores escuras ao redor), só seu, ilusório para a maioria.

Do lado direito do palco, ficam eles, longe das luzes, das câmeras, do glamour...

Ele, com seu penteado perfeito, terno sobre medida e hálito fresco.

Eles com roupas doadas, números maiores. Calçados? Talvez.

Ouve-se os acordes, e a plaquinha piscando: NO AR.

O palco muda, a platéia se mexe no lugar, inquieta com as cenas do lado direito e atenta as palavras do lado esquerdo.

Ele já as pontuou, com seu apetite voraz de quem quer mais e mais, expor suas marionetes.

(há esqueci-me de dizer, as marionetes é o lado direito do palco)

Muda o tom da voz, expõe o sufoco dentro do personagem que se interpreta para alcançar seu fim. Assume para si, a real fantasia das marionetes. A platéia se mexe e remexe.

Ele então desnuda em palavras a situação das marionetes, e eles cobrem o rosto de vergonha.

Agora sim.

Ingenuidade?

Os grilhões das luxurias, sentem-se acalorados, os mesmos que ataram os tornozelos das marionetes, sentem-se na obrigação de ajudá-los.

Pagamento em espécime pela dor alheia? Eles acham justo. Pagamento pelos lares soterrados? Eles acham justo. Pagamento pelas vidas sufocadas por toneladas de terra? Eles acham justo. Pagamento pelas milhares de crianças, que estampam em seu rosto a tragédia? Eles acham justo. Pagamento pelos olhos esbugalhados dos avós que perderam tudo? Eles acham justo. Pagamento pela inversão de valores, onde os filhos vão e os pais juntam os restos de brinquedos de seus corpos pequenos? Eles acham justo. Pagamentos pelos pais e mães que se foram e deixaram centenas de filhos ao léu? Eles acham justo.

Então pegam o telefone e debulham os dedos em números de 0800...

Se não fosse o teatro e a orquestra que da o tom solene. Os jornais e revistarias não encheriam as capas com os rostos das marionetes. Eles conseguiram ser capa nas maiores revistas e estampadas nos maiores jornais, de todos os continentes.

As televisões ansiosas por aumentarem a audiência, trocam o palco.

Tudo se desmoronou. Sonhos. Interesses. Conflitos pessoais. Amores. Desentendimentos. Ironias. Risos. Sucesso. Calor. Acolhida. Restou-lhes somente o cheiro da morte.

Continuam ao lado direito do palco murmurando: “por que...”, “por que...”, “por que...”

Os outros, tornam-se alheios as vidas que foram ceifadas inutilmente e as vidas tão dolorosamente marcadas. Eles que estão sempre em rádios, Tv’s, jornais e revistas. Esquecem-se da dor outrora e fazem chacotas, risos, ironias, piadas...

Mas há aqueles clamores, que são escutados pelas vigílias, que de mãos dadas rezam por seus filhos que se foram, e principalmente por aqueles que aqui restaram.

O palco muda de cena outra vez.

Tudo se esquece, esquece-se do mais importante. Vidas se acabaram, na cidade que nunca dorme, no meio de luzes, glamour, fama e sucesso.

A orquestra acaba de fazer soar os últimos acordes. Já não há mais público a assistir. E aquelas vidas, aquelas marionetes ceifadas, já não fazem parte do roteiro principal.

A peça termina. Cai o pano no palco das marionetes.

E eles?

Apertamos com o dedo o botão da televisão, deitamos a cabeça no travesseiro. Esquecemos de todos perdidos no fundo do teatro, a própria sorte.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sobre bombons e a vida...

Sinto-me como uma criança, que ao abrir uma caixa de chocolate e a ter inteiramente só para ela, como os primeiros displicentes, mas percebendo que ao final da tarde, e após um monte de embalagens coloridas rasgadas ao lado do sofá, começa a comer o restante com calma saboreando cada migalha, porque sempre deixa os melhores para o fim...
Já não quero mais lidar com mediocridades, pois os anos de rasgar os papéis sem disciplina, já se passaram...
Não tolero mais gabolices, gente derrubando gente, tendo como único principio a inveja...
Não quero mais discutir projetos que acabem com a violência, do dia para noite. Que acabem com a exploração infantil, através de um programa de televisão. Não participo mais de reuniões que estabeleçam prazos fixos para acabar com a fome. Ou de cursos que oferecem em poucas horas, propostas de abalar o milênio.
Já não tenho mais paciência de aturar melindres de pessoas, com idade cronológica e imaturidade excessiva.
Não quero ver mais os ponteiros dos relógios avançarem, apenas debatendo rótulos, quero mais interesse na essência.
Ainda tenho muito tempo para projetos megalomaníacos.
Agora que os bombons já estão se acabando, chegou o momento de saborear cada um, ao seu modo, as suas migalhas que valerão a pena...
Quero estar do lado de pessoas alegres, não que não possa mais existir os momentos de melancolia, acessos de raiva, mas esses se tornarão aprendizagem...
Quero gente humana, que se preocupa com poucas coisas, ou simplesmente vai levando a vida. Quero gente que saiba rir dos tropeços, que não se encantem com triunfos, mas que saiba dar seu valor, não foge da sua mortalidade, defende a dignidade dos mais carentes.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade...

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