terça-feira, 7 de outubro de 2008

Porque a justiça tarda?

Uma pergunta que perpassa pela cabeça de todos: porque a justiça tarda?
Conheça um pouco da história de Flavia....
Blog: http://flaviavivendoemcoma.blogspot.com/



RALOS DE PISCINAS. Sem orientação e sem fiscalização, por enquanto, o único meio de evitar acidentes é ter consciência de seu potencial risco à vida de adultos e crianças e manter-se longe desses ralos sugadores. Mas não podemos ficar só nisto. Não devemos aceitar este tipo de negliglência dos fabricantes e administradores de piscinas de uso público e coletivo. É preciso exigir INFORMAÇÃO, ORIENTAÇÃO e FISCALIZAÇÃO. E no caso de um acidente, é preciso que a JUSTIÇA se faça presente de imediato e que os RESPONSÁVEIS SEJAM EXEMPLARMENTE PUNIDOS. A punição não simbólica, mas exemplar dos culpados por acidentes graves e fatais não vai amenizar a dor causada por um acidente destas proporções, mas servirá de proteção às vítimas e poderá colaborar e muito, para evitar novos acidentes.










Os réus do processo de Flavia:- O Condomínio Jardim da Juriti, que para aquecer a água, trocou – sem buscar orientação técnica - o ralo da piscina onde Flavia nadava. O ralo anterior, de potência adequada àquela piscina, possuía motor de 0,50 cavalos. O condomínio substituiu este ralo por outro de potência muito superior – 1,50 cavalos. Após o acidente com Flavia, a perícia técnica feita na piscina comprovou que o ralo estava superdimensionado e sugando 78% a mais do que deveria sugar. O ralo superdimensionado sugou os cabelos de Flavia, deixando-a presa embaixo d’água até que teve parada cardiorrespiratória e entrou em coma, estado em que permanece até hoje, mais de 10 anos depois.
AGF Brasil Seguros – Seguradora do Condomínio. Não pagou quando por mim solicitada, o seguro de responsabilidade civil existente no prédio, vindo a fazê-lo apenas um ano e onze meses após, e somente mediante ordem judicial. Mas pagou sem juros e correção monetária.JACUZZI DO BRASIL – empresa fabricante do ralo: Vendeu sem informar sobre a correlação que deveria existir entre a potência do sistema de sucção (que inclui o ralo) e as dimensões da piscina onde o equipamento foi instalado. A Jacuzzi, em seu manual, não informou sobre a possível periculosidade de seu produto, caso o mesmo fosse instalado de forma inadequada, não fez os necessários alertas acerca dos riscos advindos do uso incorreto de seu sistema de sucção,nele incluindo o superdimensionamento, que foi a causa determinante do gravíssimo acidente que vitimou Flavia.Após cinco anos na justiça de São Paulo, apesar de reconhecer como válidas as provas periciais constantes dos autos, a juíza que julgou o processo de Flavia, condenou o condomínio a pagar 104 mil reais de indenização, mas isentou a Jacuzzi de responsabilidade no acidente e ainda me colocou como co-responsável nesta tragédia. Recorri da sentença e dois anos após houve novo julgamento não modificando este primeiro. Recorri novamente e agora em última instância no Superior Tribunal de Justiça lá em Brasília, espero que os Ministros que forem julgar o processo de Flavia, ao contrário dos juízes de São Paulo, atentem para as provas periciais constantes dos autos, comprovando o superdimensionamento do ralo que sugou os cabelos de Flavia e que condenem a JACUZZI DO BRASIL a pagar uma indenização digna e condizente com a gravidade do acidente causado à Flavia para que eu possa cuidar dela, com a dignidade que no mínimo, lhe é devida.







Texto retirado do Blog de Flavia:http://flaviavivendoemcoma.blogspot.com/

Um comentário:

Odele Souza disse...

Nona,

Só tenho a lhe agradecer por este post e por colocar em seu blog o vídeo que está no YOU TUBE sobre a história de Flavia.
Vi que você, corretamente mencionou que o texto foi retirado do blog dela.MUITO OBRIGADA.

Se mais pessoas fizerem como você, mais pessoas também ficarão conhecendo sobre o potencial risco que oferecem os ralos de piscinas quando vendidos e instalados em condições inadequadas, como foi no caso do acidente com Flavia. E mais pessoas tomarão conhecimento de minha luta por justiça por minha filha. Exigir nossos direitos é uma atitude de cidadania que todos precisamos ter. Não podemos nos calar diante de negligências e de injustiças causadas a nós ou a nossos entes queridos.

OBRIGADA NONA.

Um forte abraço.

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