domingo, 27 de julho de 2008

Domingo

Às vezes no domingo, fazemos coisas diferentes, como comer camarão!
Até que comer camarão, não é ruim, o ruim foi fazer o camarão, prepara-lo!
E como o fazes?
Já temos um histórico com comida nada desejável.
Já esquecemos no fogão: uma chaleira, (que nunca mais foi à mesma). Uma panela de feijão (o cheiro ficou pela casa, um mês). Um bolo de banana, que quando achamos dentro do fogão, as bananas pareciam um tição de tão pretas, e o bolo nem se fale, era mais duro que um mármore.
E na comida? Às vezes colocamos óleo demais, sal duas ou três vezes na mesma panela, o arroz fica o famoso “unidos venceremos”, e o macarrão vira uma “papa”.
Essas são só as que eu me lembro.
E como fazemos? Vamos para o plano B: a operação marmitex.
E o camarão?
O camarão quem nos ajudou foi o Senhor Google. Só com a sua ajuda, salvamos o domingo!

sábado, 26 de julho de 2008

PARA OS MEU AVÓS!!!

Um dia foram jovens, riram, choravam, cantavam, namoravam, sonhavam sonhos impossíveis e distantes. Esses jovens fizeram historia, foram desbravadores, lutadores, amaram e foram amados. Foram taxados como loucos, rebeldes e com o passar do tempo antiquados, velhos e dementes.
A idade pesou, as rugas apareceram, o corpo ficou flácido...
Hoje ao invés de loucos e rebeldes são professores, trazem uma lição em cada fio de cabelo branco.
São professores mesmo quando as mãos já não são tão ágeis.
São professores mesmo quando seus passos não são mais firmes como antigamente.
São professores mesmo que suas vozes não são ouvidas.
São professores mesmo quando a respiração se torna cansada e fraca.
São professores quando as visitas ao hospital se tornam freqüentes.
São professores apenas com um sorriso, gesto ou um olhar.
Refugia-se ao lado do fogão a lenha e tomando chimarrão.
Refugiam-se nos programas de terceira idade.
Refugiam-se nas orações.
Eles é que tem as receitas mais gostosas, as historias mais intrigantes, e o amor mais verdadeiro. Eles são os nossos chãos, nosso equilíbrio, nossa força, nossas alegrias, nosso orgulho.
Vocês são os meus melhores “amigos maduros”!

Uma homenagem a: Vó Hilda e Vô Salvador; Vó Dirce e Vô Iracilio; Nona Albina.

Parabéns pelo seu dia!!!

Ele e Ela



Ele gosta de salgado.
Ela gosta de doce.
Ele gosta de dormir tarde.
Ela gosta de dormir cedo.
Ele gosta de saladas.
Ela gosta de massas.
Ele gosta de filme de terror.
Ela prefere os românticos.
Ele gosta de jogos.
Ela gosta de livros.
Ele gosta de exercícios.
Ela de dormir.
Ele se sente um herói.
Ela sente medo.
Ele e ela se encontraram no amanhecer,
Amaram-se no entardecer.
Uniram-se no anoitecer.
Completaram-se na eternidade.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

3. Nona


Nona hoje, tenta uma nova receita...
Nona vai fazer balas de gengibre...
Nona faz balas de gengibre e assiste tv.
Nona assiste e torce contra ou a favor, mas torce.
Nona esquece a bala, e solta uma gargalhada!
Nona vibra com um resultado de um DNA.
Nona, conta: -Olha lá, aquela mulher...
Nona: - Que mulher sem vergonha...apareceu com três maridos... e dois filhos...
Nona solta outra risada: - E nenhum dos três, é o pai dos filhos dela...
Nona lembra das balas, mas continua rindo!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A bolsa amarela

Se eu tivesse uma bolsa amarela, onde coubesse de tudo, eu queria:
Queria mais noticias bizarras para poder rir a vontade.
Queria piadas absurdas e sem graça, mas que sejam piadas.
Queria o mercado inteiro dentro dela, mas somente a parte de guloseimas.
Queria comer terra, plantas, frituras, caixas e mais caixas de bombom.
Queria que todas as balanças do mundo, estragassem.
Queria por numa caixinha bem pequena: cólicas, celulites e estrias.
Queria amar e ser amada.
Queria ter mais fé.
Queria fazer coisas sem nexos.
Queria voltar a ser criança.
Queria correr pela rua em dia de chuva, sem ser taxada como ridícula.
Queria que acabassem as pilhas de todos os despertadores.
Queria o cheiro de um nenê.
Queria uma rua ladrilhada com pedrinhas de brilhante.
Queria uma casa engraçada, ou uma casa com janela.
Queria que a minha vida fosse uma saudável anarquia.
Queria ser a ovelha negra da família.
Queria ser o cisne do patinho feio.
Queria, queria, queria,
Queria que o mundo inteiro coubesse dentro dela, para cada dia me deleitar com um pedacinho...
by tathistan

O terminal

Querem conhecer um pouco sobre o ser humano, e o seu comportamento? Vão a um terminal rodoviário. Lá acontecem muitas coisas extraordinárias, melhores que novela.
Um dia desses, estava um casal. Um casal tipicamente normal, nada de diferente dos demais usuários do transporte coletivo ali presentes.
Estavam sentados, esperando a sua lotação. O homem cochichava algo no ouvido da mulher e essa respondia apenas com grunhidos e suspiros, entre um sorriso e outro.
Ele estava vestido com uma camisa estampada, bem estampada, com as mangas dobradas na altura do cotovelo, com os botões da frente abertos, deixando a mostra o seu tórax cabeludo. Seu rosto era marcado por umas rugas salientes e seu cabelo eram bem ralos, demonstrando certa idade. Mas a sua expressão era tipicamente a de um adolescente quando vê uma garota bonita.
Ela estava muito contente, no seu vestido de chita, calçando uma sandália com meias, compunha o seu visual também, um montante exageradamente de jóias, que de longe pareciam de pedras britadas. Seu sorriso era visto de longe, pois seus lábios estavam cobertos por um batom de um vermelho vivo, e a cada passo balançava a sua cabeleira, e deixava a mostra os seus brincos de argola, de um amarelo forte.
Nada estragaria a felicidade desse casal, a não ser a esposa do homem, que desceu de uma das lotações.
A mulher assim que os avistou, foi em direção ao casal, com passos largos, abrindo caminho entre as pessoas, soltava tudo o que tinha na mão, nos pés das pessoas.
O homem quando viu a mulher, sua expressão passou de menino apaixonado para um garoto prestes a levar uma surra do pai.
E foi o que aconteceu, a mulher, cerrou o punho, fechou a mão, e começou a bater no homem, no qual se limitava a se defender, e a mulher do vestido de chita começou num pranto dolorido.
Quando a respiração da esposa começou a fraquejar e suas mãos certamente começaram a doer, foi parando de bater, e começou a falar palavrões, muitos palavrões, sobre os olhares atônitos dos espectadores.
Gente o melhor lugar para aprender palavras novas, é nas aglomerações de pessoas. Palavrões é uma forma coloquial em que você possa expressar tudo o que sente e ser entendido por todos. E nesse dia eu aprendi um monte.
Quando o ônibus da esposa chegou, (o meu chegou logo atrás), ela viu que não tinha mais tempo, e partiu para cima da mulher com o vestido de chita, literalmente ela “montou” em cima da mulher, e agarrando seus cabelos, jogava a cabeça da mulher para um lado e para o outro. Para o nosso azar, e sorte da mulher, alguém foi e separou.
A expressão da esposa dentro da lotação, parecia a de um animal, com o rosto vermelho, salivante, respiração arquejante, cabelos desgrenhados, e jogando um olhar fulminante para as suas presas, digo, casal.
E eu? Eu quase perdi a minha lotação. Fiquei frustrada, não houve crime, pois havia sido apenas uma briguinha, e eu não ia aparecer no programa do Batatinha.

Cada coisa né, Nona?
A Nona acha que o mundo ta mesmo acabando, depois de ouvir essas historias.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Pérolas da minha vó


Essa semana, eu ouvi uma noticia sobre uma jaguatirica, que devorava alguns animais de uma determinada fazenda. Lembrei da minha vó, e as pérolas que ela solta:
Ela cada vez, que vai guardar dinheiro, guarda tão bem guardado, que esconde até dela mesmo.
E foi num desses dias, que o assunto da jaguatirica apareceu. Nós estávamos procurando um desses esconderijos, daí, vimos uma bolsa pendurada na parede, (ela tem muitas coisas penduradas na parede), perguntamos a ela:
- Vó será que o dinheiro não está aqui?
- Hiiii!_respondeu ela_ Nessa bolsa não... Essa bolsa ta peladinha, peladinha, igual a uma jaguatirica!
- Vó!!! O que é uma jaguatirica?_perguntamos a ela.
- Jaguatirica, é um animal, que de tanto se coçar, ficou peladinho, peladinho...
Caímos na gargalhada.
Outra dela:
Um dia, ela achou que uma de suas amigas, já de idade avançada, tinha morrido, (minha vó, achou, suspeitou, ou ouviu falar, não sabemos ainda). Mas teve um certo dia, que essa mulher apareceu na casa dela. Imaginem o susto dela.
- Vizinha do CÈU!!!_ disse a minha vó, correndo para tocar na mulher, para ver se era de verdade_ Achei que você tinha morrido!!!
E imaginem o susto da mulher, que simplesmente foi fazer uma visita.
- Até rezei pela sua alma!!!
Depois dessa, tivemos que abanar a mulher, porque daí sim, ela quase morreu...

Minha Sogra

A minha sogra, é no mínimo uma pessoa excêntrica...
Ontem a noite estava eu, tranquilamente na minha casa, assistindo tv, quando escuto palmas no portão, abro a porta e me deparo com um senhor, meio sujo, com ar de cansado, e com uma caixa de papelão aos seu pés.
-Ô vizinha!_disse o homem_ Boa noite, a sua sogra está aí?
Fui me aproximando do homem, e notei que dentro da caixa, estavam três cachorros.
- Não, _respondi_ ela não se encontra.
- Pois é eu trouxe os cachorros, que ela estava procurando ontem...
- Cachorros, _ eu já estava ficando assustada_ que cachorros?
- É que ontem à noite, ela estava perto da minha casa, procurando uns cachorros, que a vizinha dela, tinha perdido. Daí hoje eu achei os cachorros e trouxe para ela...
Continuou o homem:
- Eles estavam lá, perto da minha casa, naquela rua de barro, que tem perto da escola, cheguei do serviço, e lembrei que ela estava procurando. Eu pedi para a minha mulher, coitada _o homem balançou a cabeça_ ela tem “probrema”, tem paralisia de um lado do corpo, mas mesmo assim, pegou uma caixa de papelão para mim por os cachorros dentro...é que nós guardamos um monte de coisas dentro da caixa... sabe como é né...
-Mas o que, que eu faço agora?_perguntei ao homem, já morrendo de medo da resposta.
- Fica com eles aí...
Olhei para os cachorros, sujo, molhados, com fome, e um quase morrendo, pois ficou na chuva o dia inteiro. E o homem, queria por queria, que eu ficasse com os cachorros para mim, e cuidasse e tratasse deles, até a minha sogra chegar.
- Não, mais aqui não tem lugar! _disse eu veementemente_ aqui já tem dois cachorros, e 12 gatos...leva para a tua casa, daí amanha, eu falo para a minha sogra, e ela vai lá buscar...
- Mas moça, _disse o homem_ à caixa ta pesada... E eu to muito cansado...
Falei para o homem entrar, e fui ligar para a minha sogra.
- Meu Deus!_ falou a minha sogra, no telefone_ Como assim! Só três cachorros, e um já quase morto? Eram sete!
- Mas o homem, disse que achou só três! _falei para ela_ e ele quer deixar aqui...
- Não, aí não! _disse ela, para o meu alivio_ Mande esse homem, ficar ai, esperando, que eu vou, na casa da mulher, pegar ela e levar aí, para ela cuidar dos bichos dela...
- Mas você, vai vir a pé?
-Vou sim, já to indo...
A minha sogra, mora em outro bairro. Enquanto ela vinha com a dona do cachorro, o homem se sentou, pois estava muito cansado, e ficou conversando, comigo e a Nona.
_Sabe aquela, rua de barro? _começou o homem_ quando eu fui juntar, os cachorros, resbalei na rua, pois estava chovendo e ficou escorregadio, e os cachorros caíram tudinho, no chão de novo!
- Sabe, aquele acidente, que deu no Rio Grande...
- Hoje eu me molhei, tudo na chuva que deu de manhã...
- Eu acho que o que a gente faz para os animais, a gente recebe de Deus de volta né?
E eu concordei né! Ia discordar...
E o homem, continuou com as suas historias, até como desentupir um esgoto, aprendi, pois o homem era pedreiro.
Minha sogra, então chegou, nos seus passos curtos e apressados, com duas crianças, que logo abraçaram e apertaram aqueles cachorros. E foi logo, brigando com o homem, o indagando sobre os outros quatro cachorros. E o coitado do homem, só se defendia. Mas no final ela acabou agradecendo o homem.
-Moça, tem outra caixa de papelão aí? _disse o homem_ sabe como é né...para dar para a minha mulher, guardar as coisas de volta, na caixa...
Ele agradeceu e foi embora. E a minha sogra, voltou com as crianças, e com os cachorros, e foi pela rua falando para as crianças, sobre como tratar os cachorros e como cuidar para que eles não fugissem mais.
Assim é a minha sogra...

terça-feira, 22 de julho de 2008

o casal

Lembro de uma noite dessas chuvosas, onde um casal dormia na cama, tranquilamente. A casa desse casal é casa antiga, por isso as goteiras são inevitáveis. Quando dormiam o sono dos justos, uma goteira começou a cair na cama. Em cima da cama, do cobertor e da mulher. A mulher, não notando nada continuou a dormir. O homem sim, notou a goteira, pois a cada vez que ela pingava, seus respingos caiam no seu rosto. Ele então acordou assustado, ligando a luz para ver o que era. Não pode conter o seu sorriso, quando notou que era uma goteira, e que essa pingava em cima da sua esposa, que até agora não notara nada. Acordou a esposa, ao menos tentou acordar, mas essa simplesmente rolou para o lado e continuou a dormir. O marido ficou perdido com essa reação, mas simplesmente deu de ombros, já conhecia bem a sua companheira. O que restou para o marido fazer? Simplesmente dormir do lado molhado da cama, abraçado a um pote de plástico para tentar driblar a goteira...
Nem sempre se vê, lagrimas no escuro...

Vi...


Portador de luz, de alegria, de sabedoria... Um dia foi sonho, um dia foi feto, hoje um grande homem pequeno...
Como pode viver dia a dia, hora a hora, nessa intensa alegria... Não há passado nem futuro, há apenas o agora...
Seus desejos não passam de cinco minutos... Acha tudo onde não há nada...
Imagina o oceano e brinca numa poça de água...
Onde nós vemos um simples fio de linha, ele acha um brinquedo intrigante...
Onde nós vemos um aparelho de comunicação ele vê uma bola (pronta para ser chutada)...
Se torna um gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos...
Corre para o nada e quase sempre o alcança, e se sente realizado...
Pede com os olhos e agradece num imenso sorriso...
Te amo para todo o sempre...
Sua madrinha.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Vó e Nona e Vó

Vó, para desodorante, xampu, pó compacto, fala DÒVE,
Nona, para desodorante, xampu, pó compacto diz MAQUILAGEM.
Vó, isso é não é NECESSÁRIO

Vó, aceita ajuda para lavar louça, limpar o chão, estender a roupa...
Nona faz tudo sozinha.
Vó, reclama de fazer, mas faz

Vó se perde nas historias
Nona adora contar
Vó faz graça com elas

Vó não dorme sozinha
Nona é totalmente independente.
Vó, não ta, nem aí.

Vó toma remédio para a pressão.
Nona, não gosta nem de medir a sua.
Vó só vai ao médico em últimos casos

Vó toma remédio para dormir
Nona, diz que nem dorme a noite.
Vó pensa nos netos e nos filhos

Vó dorme em frente à tv
Nona acredita em tudo o que vê
Vó resolve “pita” (o mesmo que fumar)

Vó tem o costume de dormir toda tarde
Nona, vê tv
Vó, toma chimarrão e borda

Vó só sai amarrada de casa
Nona só depois de muita encrenca (por parte dela)
Vó nunca para em casa

Vó e Nona e Vó...
São três seres totalmente diferentes...
São três mulheres extraordinárias...
São três relíquias da humanidade...

Ps.: tem continuação.

2.Nona


Nona tem um assunto para segunda-feira:
Nona ficou impressionada com a morte da Dercy Gonçalves
Nona disse: - Não que ela já não estava na hora de morrer...
Nona se indignava com as besteiras que essa atriz falava...
Nona se indignava com o montante de plásticas que ela tinha...
Nona tirou uma conclusão, assistindo os depoimentos sobre Dercy Gonçalves
Nona diz: - Ela não era tão bocuda não!
Nona: - Ela representava um papel para ganhar dinheiro!
Nona, nas suas mais de oito décadas de vida, já viu muita gente indo e chegando...
Nona, tem razão, para dizer, “quanta gente representa só para tirar algum proveito”

domingo, 20 de julho de 2008

hoje é domingo

No domingo a gente aproveita para descansar...
Ver o Faustão... Ver o programa do Silvio Santos... Visitar a casa da vó, (que essa hora deve estar cheia de parentes), deixar de lado as exigências da vida moderna (leia “Exigências da vida moderna” de Luiz Fernando Veríssimo).
Hoje não precisamos assistir nem ao jornal nacional e aqueles tele-jornais, que a Nona assiste, deveriam vir com uma etiqueta “isso é prejudicial à saúde”...
Mas às vezes resolvemos inovar... Fazer algo novo... Sair da rotina...
Vamos à praça, levar filhos para brincar...
Vamos ao cinema, só quando sobra algum, (mas geralmente esse programa fica para a quarta-feira onde o ingresso é pela metade do preço.)
Vamos almoçar fora, nem que seja na casa da mãe, ou na garagem da vizinha.
Comer carne assada no domingo, já é tradicional.
E vamos sair da cidade...
Pega o carro, vê os pneus, vê os cintos de segurança, e vamos para onde mesmo?
Hii!! Primeiro tem que passar no posto de gasolina, reclamar do preço, limpar o pára-brisa...
E lá vamos nós, ops!! Vamos em dois carros só! Nem que vai todo mundo apertado, vamos economizar...
Chegando lá, esqueci de dizer, era num rio beeeem pequeno, tira do carro as cadeiras, a toalha para por em cima da mesa, antes tem que pedir licença para os mosquitos, o chimarrão, tira o sal, pois tem que ter churrasco, tira o azeite, o tomate para a salada, os pratos, os talheres, já ia me esquecendo dos espetos e tira a carne... ops! Cadê a carne???
-Alguém viu? Hii, cadê a carne sumiu?
-Alguém lembrou de tirar ela do congelador?
-Alguém aí tem um pedaço para nos emprestar?
Guarda tudo de novo, as cadeiras, o sal, o tomate, a cerveja não, não foi, olha a lei seca, o azeite, a toalha, vamos deixar a mesa para o deleite dos mosquitos... olha o cinto, o aperto, passa no posto, reclama da...ufa!
Para voltar e buscar a carne...


Hoje é domingo,
Lá vem a Nona com uma colherada de leite de magnésio para a minha afta. UUIII!!! Isso é um horror!!!

sábado, 19 de julho de 2008

Ao ser mais perfeito da terra



As que vivem e principalmente as que sobrevivem
As que são endividadas e as que pagam dividas
As fieis e as infiéis
As certinhas e as loucas
As que recorrem a Deus e as que vão ler Marx...
As que estudam e as que vão “empurrando com a barriga”
As que namoram, aquelas que casam e as que se reproduzem no final.
As que cantam e as que oram
As que filosofam e as que só falam abobrinhas
As que fecham à cara e as que riem de tudo
As que tomam uma rasteira da vida e se levantam com um sorriso
As que tomam porre e dão risada no final
As que brigam e se perdoam
As que deixam um amor e amam novamente
As que viram motorista e as que batem o carro
As que adoram carnaval e as que assistem missa na tv
As que reclamam do valor e as que compram de tudo
As que vivem atribuladas e as que não tem nada para fazer
As que trabalham e nunca tem dinheiro
As que andam de lotação e as que andam de carro importado
As que pensam para falar e as que falam sem medida
As que não se enquadram em nenhuma delas mas mesmo assim são especiais
Principalmente a todas nós...
by TathiStan

1. Nona

Nona ouviu uma história.
Nona gosta de ouvir historias.
Nona gosta de assistir programas populares.
Nona diz: - Tudo é verdade!
Nona acredita até no programa da Márcia.
Nona conta uma história para mim.
Nona diz: -Você sabe, que teve uma criança, que ganhou um irmãozinho, e que teve ciúmes do irmão...
Nona continua a historia, chacoalhando a cabeça... -Quando foi de noite, essa criança tacou veneno em cima do irmão...
Nona faz cara de horrorizada!
-E quem morreu foi o pai...
Nona: - Essa história... _disse eu_ foi uma piada, sem graça!
Nona fica séria, não acreditando...
Nona sai e vai fazer o almoço...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

  • atualizações do mundo subjetivo:
  • eu, eu, eu mesma e o ico
Alguém pagou uma conta de dois reais em dólares?
Eu e a minha cunhada ...
Na hora de pagar uma conta de um estacionamento privativo...
-Ops!! Cade o meu dinheiro?
-Você tem? Peraí... Vixi, eu não...
-E agora?
-Ei moço? Você aceita dois dólares?
E ainda recebemos troco.

Traumas de criança

Quem já teve o seu? eu tive muitos...pelo menos os que eu lembro.

Minha mãe... a minha mãe... minha mãe conta que ela morria de medo de tempestade, e que a cada trovão, corria e se escondia dentro do banheiro, comigo a tira colo...e eu cresci achando que o banheiro era o lugar mais seguro da casa.

Sabe o que ela fez, com a minha primeira carteirinha de vacinação? Achou que não era importante e jogou no lixo. Agora preciso tomar todas as vacinas de novo, para conseguir um emprego. Só a minha mãe mesmo.

E o meu pai? o meu pai, também teve participação na história.

-Alguém já viu falar de um remédio que deixa os dentes da gente preto?

Pois é, os meus pais, apesar de serem pais de primeira viagem, sabiam dele, e o pior me deram, toda vez que eu ia tirar uma foto, o meu pai falava:

-Fecha a boca...

Agora toda vez, que vou tirar uma foto, escuto a sua voz no meu inconsciente...

Eu tenho uma marquinha no pé, uma cicatriz. Certa vez, perguntei a minha mãe a procedência daquela marca.

- Hum,_respondeu ela_ isso, quando você era bem pequena, poucos meses de idade, eu tirava a sua meinha, e via uma marquinha de sangue...

Gente parece filme, mas...

- Quando eu vi o seu pé_continuou a minha mãe_ tinha uma baita de uma pulga...

Imagine, quanto tempo levou para ela ver o meu pé!!! pois eu tenho a marca até hoje...


Hoje sou uma grande criança traumatizada...mas que tem um amor imenso por eles!!!


Ps.: Os traumas continuam

quinta-feira, 17 de julho de 2008

o sorvete


Hoje presenciei uma cena pitoresca, a seguir:

Estava eu, pelo calçadão da avenida Brasil, quando me deparei, com uma senhora, já devia estar nos seus 60 e poucos anos, nada de anormal, ou que chamasse muita atenção, a não ser pelo fato de ela estar "tentando" segurar três sorvetes de uma só vez, nada menos do que três, e não era qualquer sorvete não, era daqueles de dar água na boca...

Passei a observar aquela senhora, quando do nada a véia (não é discriminação), me sai correndo _ui! levei até um susto_em direção a um cruzamento.

- Ei! cuidado com o sorvete, quer dizer, com os carros!!!

E nada da muié parar... até que parou do lado de um carro, com a janela aberta (o semáforo estava fechado), e jogou um dos sorvetes para o motorista, (literalmente não estou mentindo), não sei se sobrou alguma coisa do sorvete, mas tudo bem.

Dai, ela tentou abrir a porta de traz do carro, as bolinhas do semáforo descendo, (ainda bem que o motorista não era daltônico), o sorvete na mão derretendo, a porta emperrada, os carros atrás já acelerando... ufa! o semáforo abriu...

Nessa hora, quase atropelei um pedestre... pedi mil desculpas...

Quando volto a olhar, tava lá a senhora bem faceira, tomando o seu belo sorvete (dentro do carro).


-Que foi Nona? Há! Já apago a luz da lavanderia...

O dia em que o sol sumiu!

Vó essa é para você...
Lembra da sua primeira cirurgia para a correção de cataratas...pois é eu lembro.
Era um dia ensolarado, como sempre na casa da vó, os varais estavam cheios de roupa, de tudo quanto é tipo, e tamanho. Acreditem até de cachorro tinha.
-Vó, você não pode chegar perto do fogão a lenha! Vó, você não pode erguer peso!- eram alertas e lembrentes interminaveis, pois a cirurgia era recente.
Alguém já viu, uma vó sossegar, a não ser por motivo de doença?
Na hora de fazer a comida, olha só o que ela aprontou, amarrou uma fronha nos olhos (como se fosse brincar de cobra cega), e foi descascar a cebola, (logo a cebola), para por na comida...
Mas o pior aconteceu, na hora de recolher a roupa...
Alguém teve a feliz idéia de presentear a vó com um óculos escuro, para ela sair para fora.
Quando ela subiu na murinho, para recolher a roupa, o varal era alto, começou a gritaria:
-Ligeiro, menina, com essa roupa! Corre pega a bacia, para por a roupa!
-Vó, mais para que? a roupa nem secou ainda?
-Olha o tempo, como está, ta tudo escuro, não ta vendo? Vai chover logo!!!
- Vó, tira o óculos...
Ps.: A roupa, terminou de secar.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Tecnologia...rsrsrsrs

Banco, banco e mais banco...
Quem inventou essa de ter controle sobre o dinheiro dos outros... quem inventou um lugar para se guardar dinheiro? era tudo mais facil se nós guardassemos debaixo do colchão, até dentro do sutiã, na meia, até na cueca...
Se queremos pagar alguem:
-Fia! pega o dinheiro lá para a mãe!!!
Hoje já temos que depositar na conta, fazer transações e muitas vezes empréstimos...

Essa ladainha toda é para contar um historinha recente:
O banco em questão ficava num cruzamento, bem movimentado, já tava fechado. Pedestres para um lado e para o outro, na sua luta frenética contra o tempo. E eu lá, na frente do banco parada...
-Ei! Alguem sabe me dizer como abre a porta do banco? - me deu vontade de sair gritando-.
Pois a porta não abria, e nao tinha nenhum daqueles botões, que a gente aperta e abre.
Um detalhe, todo mundo tava lá dentro do banco (os funcionários), e eu lá com a cara de paisagem.
Daí, pensei _vou fingir que o dinheiro não tava trocado_como se alguem pudesse ler meus pensamentos.
Fui ao mercado, depois voltei, com a mesma cara de paisagem, a sorte minha, que alguem mais, tava lá na frente, esperando a porta abrir. Quando um individuo saiu do banco, o meu companheiro de infortunio, hehehe, saiu correndo e segurou a porta, entramos no banco e beleza, tudo correu normalmente... a não ser por um detalhe, sabe aquela tela moderna, que é digital, pois é eu não sabia, até aprender....agradeço a tecnologia, a vergonha que passei.

Nona não de risada da minha cara tá... só porque você já sabia...

.....

Este blog foi criado para contar histórias.... a quem possa interessar....

VISITAS DESDE 01/03/09